No segundo dia do IV Fórum de Prevenção ao Suicídio, os temas apresentados foram “Espiritualidade e Suicídio”, abordado pelo psiquiatra Alexander Moreira-Almeida e o “Covid-19, transtornos mentais e suicídio”, com o médico psiquiatra e membro da Câmara Técnica de Psiquiatria do CRM-DF, Antônio Geraldo da Silva.

A moderação do evento foi realizada pelo presidente do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF), Farid Buitrago.  “Estamos no mês de valorização da vida e entendemos que é muito importante chamar atenção para o suicídio, tema que tem se tornado uma epidemia no mundo inteiro, por isso é necessário que os profissionais de saúde abordem o assunto, pois a melhor forma de preveni-lo é conversando sobre ele”, discursou Farid, durante a abertura do fórum.

O primeiro palestrante da noite, o médico Alexander Moreira, explicou a importância da religiosidade e espiritualidade na prevenção ao suicídio e na qualidade de vida da população. Segundo o psiquiatra, 94% da população mundial possuí um núcleo religioso, sendo que um terço freqüenta o grupo pelo menos uma vez por semana e apenas 5% da população brasileira não freqüenta algum centro religioso.

O psiquiatra apresentou dados demonstrando que freqüentar uma religião diminui a depressão, o número de casos de suicídio, uso/abuso de substâncias tóxicas, melhora a qualidade de vida, o bem estar e a expectativa de vida das pessoas. “Também temos alguns efeitos negativos como Coping religioso e conflitos sobre tratamentos, mas os pontos positivos são muito mais evidentes”, comentou. 

Um estudo publicado recentemente nos Estados Unidos sobre o comportamento de seis mil adolescentes que freqüentavam centros religiosos pelo menos uma vez por semana, e quando se tornaram adultos, apresentavam maior satisfação com a vida, afeto positivo, envolvimentos em trabalho voluntário, censo de missão, menos sintomas depressivos, diminuição do estresse pós-traumático, menos uso de álcool e outras drogas, entre outros fatores, apontou Alexander.

“Especificamente sobre o suicídio, uma publicação do Handbook of Religion and Health, em 2012, de 141 estudos observacionais, 106 dos que freqüentavam alguma religião tinham menos níveis de histórico de suicídio. Mesmo as famílias que os filhos não são religiosos, mas os pais são cristãos, esse número também é menor, devido à criação e a mensagem passada dentro da família”, disse. Ele ainda completou: “Devemos sempre levar em consideração a espiritualidade do paciente e tentar perceber que isso é um fator muito importante como estratégia para a prevenção”, concluiu.  

O psiquiatra Antônio Geraldo da Silva dissertou sobre a Covid- 19 – transtornos mentais e suicídio. Ele iniciou a palestra falando do baixo investimento em saúde mental no mundo. De acordo com o médico, o Brasil sofre há mais de 30 anos com a desassistência psiquiátrica. “Temos um modelo de assistência psiquiátrica falido, baseado em CAPS, que não tem efetividade”, comentou o profissional.  Em seguida, Antônio explicou que a pandemia causou muitas mudanças, principalmente na rotina da população, como o estresse relacionado ao trabalho e estudos, a restrição de liberdade, desemprego, medo de morrer, conflitos familiares e falta de apoio social.

Segundo a OMS, 10% da população mundial sofrem algum tipo de transtorno mental, ou seja, aproximadamente 720 milhões de habitantes. A OMS também mostra que apenas 1% dos trabalhadores da saúde atua na área. “Puro preconceito, dificuldade de trabalhar na área”. O Brasil é campeão de ansiedade no mundo e está em segundo lugar no quadros depressivos. A cada 40 segundos, uma pessoa comete suicídio. Os “índices de morte por acidente no mundo caíram, por AIDS e leucemia também, mas o de suicídio não”, relatou.

Para o psiquiatra, esse número não diminuiu devido à falta de atendimento adequado para a uma população que já passa de 30 mortes de suicídio por dia.  “A saúde mental é justamente a chave para passarmos por essa nova pandemia e tudo o que ela implica em curto e longo prazo, desde a crise potencial de provimento de serviços de saúde até a ajuda na preservação e reconstrução de uma sociedade pós-pandemia”, informou durante a apresentação.

 

O médico comentou ainda sobre as quatro ondas da pandemia.  A primeira trata-se dos adoecimentos e mortes pelo vírus (Covid-19). Já a segunda se refere-se ao colapso do sistema de saúde, com a superlotação dos hospitais e a incapacidade de atendimento a todos os doentes do novo coronavírus. A terceira está relacionada ao agravamento de outras doenças crônicas pelo não tratamento durante a pandemia, fazendo com que pacientes que deixaram de lado os cuidados e consultas rotineiras em razão do isolamento social piorem o quadro clínico ou até mesmo morram e quarta onda é a das doenças mentais. “Temos que atuar firmemente para minimizar os prejuízos que todos terão deste momento, monitorando a saúde mental da população e o atendimento psiquiátrico. O suicídio tem prevenção e precisa ser tratado por um médico especialista”, finalizou.

No segundo dia do IV Fórum de Prevenção ao Suicídio, os temas apresentados foram “Espiritualidade e Suicídio”, abordado pelo psiquiatra Alexander Moreira-Almeida e o “Covid-19, transtornos mentais e suicídio”, com o médico psiquiatra e membro da Câmara Técnica de Psiquiatria do CRM-DF, Antônio Geraldo da Silva.

A moderação do evento foi realizada pelo presidente do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF), Farid Buitrago.  Estamos no mês de valorização da vida e entendemos que é muito importante chamar atenção para o suicídio, tema que tem se tornado uma epidemia no mundo inteiro, por isso é necessário que os profissionais de saúde abordem o assunto, pois a melhor forma de preveni-lo é conversando sobre ele”, discursou Farid, durante a abertura do fórum.

O primeiro palestrante da noite, o médico Alexander Moreira, explicou a importância da religiosidade e espiritualidade na prevenção ao suicídio e na qualidade de vida da população. Segundo o psiquiatra, 94% da população mundial possuí um núcleo religioso, sendo que um terço freqüenta o grupo pelo menos uma vez por semana e apenas 5% da população brasileira não freqüenta algum centro religioso.

O psiquiatra apresentou dados demonstrando que freqüentar uma religião diminui a depressão, o número de casos de suicídio, uso/abuso de substâncias tóxicas, melhora a qualidade de vida, o bem estar e a expectativa de vida das pessoas. “Também temos alguns efeitos negativos como Coping religioso e conflitos sobre tratamentos, mas os pontos positivos são muito mais evidentes”, comentou. 

Um estudo publicado recentemente nos Estados Unidos sobre o comportamento de seis mil adolescentes que freqüentavam centros religiosos pelo menos uma vez por semana, e quando se tornaram adultos, apresentavam maior satisfação com a vida, afeto positivo, envolvimentos em trabalho voluntário, censo de missão, menos sintomas depressivos, diminuição do estresse pós-traumático, menos uso de álcool e outras drogas, entre outros fatores, apontou Alexander.

“Especificamente sobre o suicídio, uma publicação do Handbook of Religion and Health, em 2012, de 141 estudos observacionais, 106 dos que freqüentavam alguma religião tinham menos níveis de histórico de suicídio. Mesmo as famílias que os filhos não são religiosos, mas os pais são cristãos, esse número também é menor, devido à criação e a mensagem passada dentro da família”, disse. Ele ainda completou: “Devemos sempre levar em consideração a espiritualidade do paciente e tentar perceber que isso é um fator muito importante como estratégia para a prevenção”, concluiu.  

O psiquiatra Antônio Geraldo da Silva dissertou sobre a Covid- 19 – transtornos mentais e suicídio. Ele iniciou a palestra falando do baixo investimento em saúde mental no mundo. De acordo com o médico, o Brasil sofre há mais de 30 anos com a desassistência psiquiátrica. “Temos um modelo de assistência psiquiátrica falido, baseado em CAPS, que não tem efetividade”, comentou o profissional.  Em seguida, Antônio explicou que a pandemia causou muitas mudanças, principalmente na rotina da população, como o estresse relacionado ao trabalho e estudos, a restrição de liberdade, desemprego, medo de morrer, conflitos familiares e falta de apoio social.

Segundo a OMS, 10% da população mundial sofrem algum tipo de transtorno mental, ou seja, aproximadamente 720 milhões de habitantes. A OMS também mostra que apenas 1% dos trabalhadores da saúde atua na área. “Puro preconceito, dificuldade de trabalhar na área”. O Brasil é campeão de ansiedade no mundo e está em segundo lugar no quadros depressivos. A cada 40 segundos, uma pessoa comete suicídio. Os “índices de morte por acidente no mundo caíram, por AIDS e leucemia também, mas o de suicídio não”, relatou.

Para o psiquiatra, esse número não diminuiu devido à falta de atendimento adequado para a uma população que já passa de 30 mortes de suicídio por dia.  “A saúde mental é justamente a chave para passarmos por essa nova pandemia e tudo o que ela implica em curto e longo prazo, desde a crise potencial de provimento de serviços de saúde até a ajuda na preservação e reconstrução de uma sociedade pós-pandemia”, informou durante a apresentação.

O médico comentou ainda sobre as quatro ondas da pandemia.  A primeira trata-se dos adoecimentos e mortes pelo vírus (Covid-19). Já a segunda se refere-se ao colapso do sistema de saúde, com a superlotação dos hospitais e a incapacidade de atendimento a todos os doentes do novo coronavírus. A terceira está relacionada ao agravamento de outras doenças crônicas pelo não tratamento durante a pandemia, fazendo com que pacientes que deixaram de lado os cuidados e consultas rotineiras em razão do isolamento social piorem o quadro clínico ou até mesmo morram e quarta onda é a das doenças mentais. “Temos que atuar firmemente para minimizar os prejuízos que todos terão deste momento, monitorando a saúde mental da população e o atendimento psiquiátrico. O suicídio tem prevenção e precisa ser tratado por um médico especialista”, finalizou.

 

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