Simpósios sobre a pandemia da Influenza A alertam pediatras e ginecologistas sobre os riscos de contágio do vírus H1N1 em crianças e gestantes.

Os simpósios de atualização sobre a Influenza A, promovidos pelo CRMDF, com o apoio da Sociedade Pediátrica e de Ginecologia do Distrito Federal, foram realizados com o intuito de orientar pediatras e ginecologistas sobre os novos entendimentos, diagnósticos e prevenções do vírus H1N1. Durante os eventos, realizados ao longo desse mês, foram transmitidas também informações sobre a origem do vírus H1N1 e o quadro atual da epidemiologia no Brasil e no mundo. Em meio aos temas debatidos, foram destacadas informações referentes às gestantes e crianças, tendo em vista que as mesmas pertencem ao grupo de risco.

A fim de proporcionar esclarecimentos substanciais, o CRMDF convidou especialistas renomados para realizar as palestras, entre eles, o Dr. Marco Aurélio Sáfadi, pediatra e infectologista da Santa Casa de São Paulo. O mesmo alertou que os hábitos naturais ou comportamentais das crianças favorecem a propagação do vírus. O especialista informou ainda que elas podem manifestar diarréia, vômito, além de febre, tosse e dor de garganta, estes últimos são comuns também em adultos. O pediatra alertou que algumas crianças não manifestam os sintomas no início do contágio. Diante do atual quadro da epidemia, o infectologista acalmou os participantes alegando que houve uma queda no número de contaminação do vírus, isso ocorreu, segundo ele, devido à mudança de clima e às medidas de prevenção propostas pelo Governo Federal. Contudo, os profissionais de saúde foram alertados a permanecerem em alerta.

Já as gestantes têm cinco vezes mais chance de serem contaminadas, conforme o Dr. Marco Aurélio. Ele alertou que as grávidas pertencem ao maior grupo de risco, tanto para a Influenza Sazonal, gripe mais comum, como para a Influenza A, proveniente do vírus H1N1. Durante as palestras, foi citado, por diversas vezes, outro grupo vulnerável à contaminação, que é delimitado por pacientes com idade inferior a dois anos e maior de sessenta. Nestes casos, os profissionais foram aconselhados a prescreverem a medicação com Oseltamivir, e nos demais pacientes, o infectologista sugeriu que os médicos usem o bom senso, lembrando que a medicação deve ser prescrita nas primeiras 48 horas de contaminação.

Os mapas que retratam a disseminação e os protocolos de tratamento foram outros tópicos descritos nas palestras. Durantes os eventos, a Dra. Maristela Reis, Subsecretaria de Vigilância à Saúde e Diretora de Vigilância Epidemiológica, afirmou que 188 países, entre eles, todos os países da América Latina, já foram afetados pela Influenza A. A Dra. Mirza Gomes, infectologista e conselheira do CRM-DF, também citou sobre a história do H1N1 e falou sobre a mutação do mesmo, afirmando que o vírus já existe desde 1918, época que ocorreu a gripe espanhola. “Periodicamente, ocorrem mudanças substanciais no H1N1, o que prejudica a erradicação do vírus”, afirmou Mirza. Por fim, o Dr. Henrique Marconi, diretor científico da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal, fez algumas considerações sobre a pandemia e definiu a diferença entre gripe e resfriado. Na oportunidade, o médico descreveu que a gripe começa com febre alta, sintoma mais freqüente, e a principal complicação é a pneumonia viral e bacteriana.

Vale destacar que os simpósios, realizados durante dois encontros, reuniu mais de 150 médicos no auditório da Associação Médica Brasileira (AMBr). Para o Dr. Farid Buitrago, representante do CRMDF e um dos organizadores dos eventos, essas palestras foram significativas para o combate do vírus H1N1. O mesmo defende que é imprescindível, durante o processo da erradicação da Influenza A, que a classe médica se mantenha atualizada diante das novas informações sobre a epidemia. O Dr. Farid acredita ainda que “os médicos devem agir com uniformidade nos atendimentos e, para que isso ocorra, devem também estar sempre atentos às frequentes alterações dos protocolos, relacionados à nova gripe pandêmica”.

Fonte: Assessoria de Imprensa – CRMDF

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