Comissão de Seguridade criará um grupo de trabalho para analisar as consequências da medida para a saúde de obesos.

Comissão de Seguridade criará um grupo de trabalho para analisar as consequências da medida para a saúde de obesos.

As entidades médicas criticaram a proibição da venda de alguns inibidores de apetite nesta terça-feira (9) em audiência pública na Câmara dos Deputados. O representante do Conselho Federal de Medicina (CFM), o nutrólogo Dimitri Gabriel Homar, é contra o ato que atingiu a comercialização de anorexígenos. Para ele, a medida retira a autonomia do médico de prescrever o tratamento correto. “Consideramos os remédios eficazes no controle de obesidade. A lista de medicação é necessária para que possamos oferecer uma medicina de qualidade aos pacientes”, disse.

Durante a audiência, o presidente da Comissão de Seguridade, deputado Mandetta (DEM-MS), anunciou que criará um grupo de trabalho para analisar os fatos que levaram a Anvisa a proibir, no fim do ano passado, a venda dos anorexígenos anfepramona, femproporex e manzindol. O CFM questiona na Justiça a medida adotada pela Agência.

Dimitri, que também é vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF), enfatizou a responsabilidade profissional: “o médico é o único profissional capacitado a fazer o diagnóstico e prescrever. Retirara este direito e um flagrante na autonomia de médicos e pacientes no seu poder de decisão”. O médico ainda apresentou a existência de trabalhos científicos os quais provam a eficácia dos produtos. Inclusive um Parecer Técnico-Científico favorável da própria Anvisa, publicado no Diário Oficial de 21 de julho de 2000.

O diretor-geral da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), Paulo Giorelli, afirmou que a incidência de obesos subiu de 2,4% para 4% após a proibição de uso dos anorexígenos. Esse número foi obtido em uma pesquisa realizada pela associação com base em questionários preenchidos por médicos de dezembro de 2011, quando o uso dos anorexígenos foi proibido, a setembro deste ano. A associação defende a liberação dos inibidores de apetite.

Em diversas oportunidades, as entidades manifestaram contrárias à proibição do uso dos remédios. Segundo o 1º secretário do CFM, Desiré Callegari, a proibição dos inibidores de apetite reduz as possibilidades de tratamento de pacientes obesos. “É preciso que a Anvisa se torne mais rigorosa a prescrição e a venda desse tipo de medicamento, mas não baní-los do mercado”, disse.


Fonte: Assessoria de imprensa do CFM

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