Os prejuízos psicológicos da pandemia serão problemas de longo prazo e podem ser considerados uma quarta onda de Covid-19, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
De acordo com a entidade, não é só o medo do contágio que piora a saúde mental, mas também o estresse e a ansiedade causados pelo confinamento, fechamento de escolas e problemas financeiros.
Em uma entrevista ao jornal Correio Braziliense, a médica psiquiatra, conselheira do CRM-DF e presidente da Associação Psiquiátrica de Brasília (APBr), Renata Figueiredo, alertou que as altas taxas de contaminação no Brasil contribuem para o adoecimento psíquico. “Com essa taxa alta, você soma os danos econômicos e o luto por que muitas pessoas têm passado. É tudo propício para danos à saúde mental dos brasileiros”
Além disso, algumas pessoas que já sofriam de transtornos psiquiátricos abandonaram o tratamento. “Temos pessoas que largaram o tratamento que faziam com medo de sair de casa e também os efeitos gerados pelo isolamento”, acrescentou a médica.
Para ela, é preciso reforçar o atendimento psiquiátrico à população. “Temos que oferecer a possibilidade de a pessoa conversar com o médico presencialmente e também virtualmente. É importante esse incentivo à telemedicina, pois pode evitar que as pessoas larguem os tratamentos pela metade”, defende. “Temos que criar opções para aumentar o acesso aos especialistas, e precisamos também de mais médicos para atender a essa demanda de atendimentos e evitar que as pessoas fiquem esperando na fila. Indivíduos com risco de suicídio ou que querem largar um vício em drogas não deveriam ficar esperando.”
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