Fiscalização ocorreu em ação conjunta entre o CRM-DF, SindMédico-DF e AMBr

 

Após uma vistoria no Hospital Regional de Taguatinga (HRT) nesta quinta-feira (10), o Departamento de Fiscalização do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF), constatou algumas falhas na prestação de serviço para a população do DF. Problemas como déficit de médicos clínicos, superlotação da unidade de cardiologia e falta de definição de fluxo para pacientes com a Covid-19, foram às principais falhas encontradas no hospital.

Os presidentes do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF), Farid Buitrago, do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF), Gutemberg Fialho, da Associação Médica de Brasília (AMBr), Ognev Cosac, também estiveram presentes na visita.

Na oportunidade, foi realizada uma fiscalização no pronto socorro do HRT, onde verificou a falta de profissionais na especialidade da clínica médica. Atualmente, a unidade está atendendo apenas os pacientes classificados com prioridade, ou seja, aqueles classificados como vermelho, o que deixa desassistida uma boa parte da população. As outras clínicas como a cirurgia geral, por exemplo, acabam sobrecarregadas com a demanda crescente de casos. Também foi constatado o déficit de anestesistas, um problema crônico que tem dificultado a realização de cirurgias no local, inclusive as de emergência.

Para não sobrecarregar a unidade e prestar um atendimento de qualidade, a equipe de profissionais de saúde tem tentado remover os pacientes para o Hospital Regional de Samambaia e Hospital de Base do DF (HBDF), e reclamam que estão com dificuldade em conseguir as transferências. “É necessário estabelecer um fluxo adequado para o transporte de pacientes dentro dos hospitais da Rede Pública do DF”, relatou o presidente do CRM-DF, Farid Buitrago.

Na cardiologia, mais de 27 pacientes aguardam por transferência da enfermaria da emergência para os leitos de tratamento semi-intensivo que ainda estão sendo preparados e aguardam aprovação da Vigilância Sanitária. A unidade de cardiologia está com o atendimento comprometido desde outubro deste ano, quando o Instituto do Coração do Distrito Federal (ICDF) suspendeu a prestação de serviços à Secretaria de Saúde do DF. Diante disso, os pacientes cardiopatas que não podem ser atendidos no HRT ficam internados à espera de encaminhamento. “Manter pacientes cardíacos indefinidamente internados no hospital em plena pandemia não é aceitável. O risco a que esses pacientes ficam expostos é imenso”, destacou o presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho.

Com a segunda onda do novo coronavírus, outra preocupação dos presidentes é que a direção do hospital defina um fluxo para os pacientes com suspeita de covid-19, para evitar contaminação no ambiente hospitalar. Um ponto positivo verificado pela fiscalização é que o hospital tem fornecido todos os equipamentos de proteção individual aos profissionais de saúde para atuarem contra a Covid-19.

O CRM-DF se reuniu com a diretoria do HRT que prometeu medir esforços para solucionar os problemas encontrados. O Conselho vai encaminhar o relatório realizado durante a vistoria a Secretaria de Saúde do DF, pedindo que sejam tomadas as providências necessárias o mais rápido possível.

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