Entre janeiro e junho do ano passado e o mesmo período de 2023, os casos de agressão registrados contra médicos saltaram de 54 para 61
A violência contra médicos tem preocupado o Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF). Essa violência pode assumir várias formas, desde agressões verbais até agressões físicas, e pode ocorrer em diversos contextos, como hospitais, unidades de pronto atendimento, postos de saúde, clínicas e consultórios.
Apenas no primeiro semestre de 2023, dados da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), apontam um aumento de 13% nos casos de agressões a profissionais de saúde do Distrito Federal — de 172 ocorrências para 195. Segundo os dados, entre janeiro e junho do ano passado e o mesmo período de 2023, os casos de agressão registrados contra médicos saltaram de 54 para 61.
A presidente do CRM-DF Marcela Montandon, reconhece que o problema é agravado contra os trabalhadores, pois são eles os primeiros que têm contato com os pacientes em um momento de dor e estresse.
“Os profissionais estão extremamente sobrecarregados, com uma demanda que não consegue ser vencida”, desabafa. A presidente do CRM-DF conta que os médicos se sentem desvalorizados e têm adoecido mentalmente. “Em muitos dos casos, eles pedem exoneração daquele ambiente de trabalho”, comenta Marcela.
A violência contra médicos pode ter consequências graves, tanto para os profissionais de saúde quanto para o sistema de saúde em geral. Algumas das consequências incluem danos físicos e emocionais, esgotamento profissional e qualidade do atendimento.
Para dar auxílio a esses trabalhadores, o Conselho Regional de Medicina do DF (CRM-DF) criou o canal SOS Médicos, que dá suporte em questões, como agressão verbal ou física, assédio moral e sexual ou ordem de prisão no serviço. Desde 2022, quando foi criado, até o momento, 20 profissionais foram atendidos. “A gente faz esse suporte jurídico, com orientações que esse profissional vai dar seguimento”, explica a presidente do CRM-DF.
Médico, caso você tenha sofrido ou passe por alguma situação de agressão ou ameaça entre em contato com o SOS Médico: (61) 99257-4244.