Na manhã desta quarta-feira, dia 10, representantes das entidades médicas do Distrito Federal, reunidas na Comissão Distrital de Honorários Médicos (CDHM) realizam ato no início de uma campanha de mobilização pública pelo ajustamento das relações entre as partes que compõem o Sistema de Saúde Suplementar: operadoras de planos de saúde (OPS), hospitais, laboratórios, médicos e pacientes. Em um estande localizado no estacionamento entre os hospitais Santa Lúcia, Santa Luzia e do Coração do Brasil, a partir das 7h, os médicos iniciam panfletagem e abordagem aos pacientes que transitam pelo Setor Hospitalar Sul.

A suspensão de atendimento é um recurso extremo ao qual os médicos evitam recorrer tanto na iniciativa privada quanto no setor público, cientes de que os pacientes são os maiores prejudicados quando há paralisação. Na região metropolitana do DF, seriam cerca de 700 mil pessoas atingidas.

A situação de remuneração injusta e a interferência das operadoras para a redução de custo nos tratamentos sem levar em conta as necessidades dos pacientes continuam ocorrendo e é contra isso que os médicos protestam e convocam os usuários de plano de saúde a também se manifestarem.

De acordo com o Instituto de Defesa do Consumidor  (Procon-DF), até julho já foram registradas 1.177 reclamações contra operadoras que atuam no DF. Esse fato é reconhecido pelos médicos como um avanço ocorrido desde que passaram a divulgar maciçamente seu descontentamento e os efeitos perversos da ação predatória das operadoras que prometem aos usuários uma assistência de saúde que não corresponde à realidade do que é oferecido.

O descredenciamento crescente e voluntário tem sido um efeito do desrespeito com que as operadoras tratam os médicos. Isso leva à redução da rede assistencial, mais demora e queda na qualidade do atendimento.

Além da recomposição dos valores de honorários – não só do valor da consulta – oque os médicos querem dos planos de saúde é o estabelecimento de negociações regulares, com valores mínimos justos; estabelecimento de contratos com prazos de validade e índice de reajuste; e respeito à relação do médico com seus pacientes, sem glosa de procedimentos necessários ao bom atendimento pelo qual eles pagam às operadoras de planos de saúde.

A Comissão Distrital de Honorários Médicos é composta pelos dirigentes da Associação Médica de Brasília (AMBr), Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM/DF) e Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF).

 

Números do setor:

De junho de 2011 a junho de 2012 o número de usuários de planos de saúde passou de 45.839.262 para 47.866.91 vidas – crescimento de 2,19%.

A variação na receita global das operadoras ficou na casa dos 13% (médico-hospitalar e odontológicos reunidos).

O reajuste anual anunciado pela Agência Nacional de Saúde foi de 7%. Mas houve uma variação imensa, que chegou a 20%, em razão do índice de sinistralidade dos planos de grupo ou empresariais.

 

Confira no link a seguir o programação de cada estado no período de protestos programados para este mês:

http://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=23289;de-norte-a-sul-entidades-medicas-se-organizam-para-protestar-contra-planos-de-saude&catid=3

 

Contato para a imprensa:

Nicolas Bonvakiades – Azimute Comunicação

Assessoria de Comunicação Social da Comissão Distrital de Honorários Médicos (CDHM)

8202-2111 – 9633-1504

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