O déficit de profissionais é constante na rede pública de saúde e no Hospital Regional de Samambaia a situação é ainda pior, pois a estrutura física da unidade é tão precária que inviabiliza grande parte dos atendimentos.


A Emergência e as Unidades de Radiologia e de Terapia Intensiva foram os setores que mais apresentaram irregularidades no Hospital Regional de Samambaia (HRSAM), conforme relatado pelo Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF), após a realização de uma vistoria, no último mês. A situação da unidade de saúde de Samambaia não é diferente dos demais hospitais, a precária estrutura física e a falta de profissionais de saúde são realidades no HRSAM. Infelizmente, a situação se agravou de tal maneira que o atendimento passou a ser deficitário e, cada vez mais, escasso nessa unidade.

Entre as demais irregularidades existentes no local, o departamento de fiscalização do CRM-DF verificou que, até o momento, não há aparelhos fixos de Raio-X em funcionamento e o único aparelho móvel de radiografia do hospital é utilizado somente em casos de urgência. Destaca-se que este equipamento não é adequado, pois a imagem disponibilizada por este instrumento, em grande parte dos casos, não favorece um diagnóstico preciso.

O setor de radiologia também não possui tomógrafo e o único aparelho de ecografia não oferece a função “Doppler”, que muito contribui para uma
avaliação segura do paciente. Conforme o relatório da vistoria, os equipamentos que viabilizam a monitorização invasiva e os geradores de marcapasso também não existem na Unidade de Tratamento Intensivo. Neste setor, também não são realizados alguns exames de sangue, que apesar de serem simples, são de suma importância nos casos de gravidade e de urgência, bem como não há um serviço de terapia renal substitutiva, diálise.

No momento da fiscalização, no box de emergência da Clínica Médica, havia apenas uma saída de oxigênio e nenhum equipamento de ventilação mecânica e monitorização, isso demonstra que os pacientes graves não são atendidos em condições adequadas no Hospital Regional de Samambaia. Foram comprovadas ainda, pelo CRM-DF, outras irregularidades no Pronto Socorro, como a falta de segurança para os pacientes e servidores, houve médico, por exemplo, que já sofreu agressão física, conforme relatado no local.

Apesar de todos os fatores expostos, alguns médicos ainda trabalham nessas condições precárias e insalubres. Mas a quantidade desses profissionais é insuficiente para preencher as escalas das clínicas do hospital, “esse déficit causa um grave prejuízo para o atendimento da população e gera uma sobrecarga de trabalho desumana para os profissionais que ali trabalham”, afirma o Dr. Flávio Morais, médico fiscal do CRM-DF. Conforme constatado pela sua equipe, deveria haver pelo menos o dobro de médicos para atender a demanda do hospital. E com o propósito de reverter
essa situação e todas as outras irregularidades dessa unidade de saúde, o CRM-DF notificou os responsáveis técnicos e, ainda, agendou reuniões com a diretoria e o corpo clínico do hospital para acompanhar a execução das solicitações exigidas, que visam o funcionamento adequado do hospital.

Fonte: Assessoria de Imprensa CRMDF

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