Em reunião realizada na sede do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF) na noite da segunda-feira (11), médicos que atuam na Atenção Primária à Saúde (APS) do DF discutiram a expansão do horário de atendimento em Unidade Básica de Saúde até às 22h, entre outros problemas enfrentados pelos profissionais.

A situação foi apresentada aos representantes do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF), da Associação Brasiliense de Medicina de Família e Comunidade (ABMFC) e, à diretoria e assessoria jurídica do SindMédico que decidiram oficializar por meios administrativos e legais a Secretaria de Saúde e o Ministério Público, para solução dos problemas referentes às jornadas de trabalho. Uma reunião também será marcada com a gestão do Complexo de Regulação e representantes da Atenção Primária, do CRM-DF, SindMédico-DF e da ABMFC.

Dos problemas expostos, a expansão de horário foi o que mais preocupou a classe médica, pois além de aumentar o risco corrido por profissionais e pacientes, dificulta o acesso da comunidade receber o atendimento necessário. O déficit de efetivo das equipes, a falta de nomeação de Diretor Técnico, de ambulância para transporte de paciente; além, das escalas alteradas de forma aleatória e do assédio moral no trabalho, também foram criticados pelos médicos.

Eles alegam que o fluxo dos pacientes da atenção primária para a secundária tem sido realizado sem a devida avaliação dos responsáveis técnicos da atenção primária, o que tem gerado desconformidades com protocolos de atuação da APS. São 167 notas técnicas das diversas áreas para apenas três médicos de família e comunidade analisarem.

O CRM-DF apresentou a problemática enfrentada pela classe nessa terça-feira (12), durante a plenária. O Departamento de Fiscalização (DEFIS) fiscalizará a Unidade Básica de Saúde e serão cobradas soluções imediatas da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal para promover a segurança e condições adequadas de assistência à população.