16% dos médicos que responderam a pesquisa relataram a carência do equipamento

Os funcionários da Saúde são os mais afetados com o Covid-19. Preocupado com as condições de trabalho oferecidas aos médicos durante a pandemia, o CRM-DF lançou há um mês, uma pesquisa para notificar os médicos que já foram ou estão contaminados pelo novo coronavírus (SARS CoV-2).

Desde o dia 20 de maio, cerca de 150 médicos responderam a pesquisa. O cálculo da análise foi feito com base nas respostas destes médicos, sendo que 53% trabalham no setor privado e 47% no público.

A pesquisa indicou que do total de médicos que responderam a pesquisa, 88% são do Plano Piloto e 5% da região administrativa de Taguatinga, seguido por 3% de Águas Claras, 2% de Ceilândia, 2% de Samambaia e 2% de Sobradinho.

A análise também teve como objetivo saber o fluxo da distribuição dos equipamentos de proteção individual (EPIs).  A pesquisa mostra que 45% dos médicos não responderam se há falta de EPIs em suas áreas de atuação, mas 20% relataram que não faltam os equipamentos, 16% reclamaram da falta de máscara N-95; 8,3% notificaram a falta de diversos EPIs, 5,3% não estão recebendo óculos protetores e 4,2% estão com pouco estoque de avental e capote, além de 0,7% que reclamaram da falta dos Itens de higiene.

Segundo a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, 1.720 profissionais de saúde (enfermeiros, técnicos de enfermagem e médicos) testaram positivo para o novo coronavírus e cinco não sobreviveram à doença. O CRM-DF notificou duas mortes de médicos pela Covid-19, ambos tinham mais de 60 anos e não atuavam mais na medicina. O Conselho se solidariza com a família e amigos neste momento de dor.

O presidente do CRM-DF Farid Buitrago comenta que o CRM-DF esta preocupado com o aumento significativo do número de profissionais de saúde infectados pelo COVID-19. “Isso revela um indicativo das condições de trabalho desses profissionais considerando que muitos deles foram infectados em seus locais de trabalho”, disse. O presidente também acredita que os locais que não são referência para Covid-19 estão menos desguarnecidos de EPIs e que os profissionais não tem a intensidade do treinamento das outras unidades de referência. “Na paramentação e desparamentação é um dos momentos em que o profissional acaba se infectando. O Conselho tem intensificado as fiscalizações nas unidades de saúde e cobrado o Governo para que os profissionais tenham equipamentos e segurança ao atuar na linha de frente”, completou Farid.

 

 

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