Superlotação e falta de equipamentos e medicamentos foram alguns dos problemas encontrados durante a fiscalização

O Departamento de Fiscalização do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (Defis/CRM-DF) concluiu da manhã desta sexta-feira (12), o relatório da fiscalização do funcionamento da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), realizada na última quarta-feira (10).

A unidade de saúde foi implementada e adaptada com o objetivo de promover assistência médica avançada a pacientes adultos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus, no âmbito da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES/DF), como parte das medidas adotadas frente ao recrudescimento da pandemia da Covid-19. Redirecionada, de forma não-exclusiva, à assistência de pacientes Covid-19, como Unidade Hospitalar de referência, tanto como porta de entrada quanto para assistência hospitalar de internação.

A finalidade da vistoria é de apurar denúncias de superlotação, falta de equipamentos e medicamentos, além de escalas exaustivas dos profissionais de saúde. O CRM-DF tem como objetivo propiciar maior segurança aos profissionais de saúde, apontando as falhas quanto à disponibilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) em quantidade e qualidade adequadas às demandas da assistência, e contribuir com a estruturação dos serviços, com o dimensionamento de recursos necessários, além de preservar pelo bom atendimento da população e zelar pela saúde daqueles que estão na linha de frente.

Na oportunidade, o CRM-DF verificou que há 24 leitos da Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) e 20 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto, sendo 12 com suporte dialítico. A taxa de ocupação dos leitos de UCI e UTI adulto era de 100%, com previsão de abertura de 12 novos leitos de UCI a curto prazo.

Também foi averiguado o racionamento de EPIs e de medicamentos, com relato de falta de alguns equipamentos necessários ao suporte intensivo, que tem sido sanada por meio de pactuações com outras Unidades.

Há superlotação e demanda reprimida no Pronto Socorro Covid-19: a demanda de pacientes de porta e internados é muito superior à capacidade dos recursos estruturais e humanos, com muitos pacientes graves aguardando vaga de UTI Covid-19. Também foi confirmada a denúncia de dificuldade no dimensionamento e fechamento das escalas pelos gestores, relacionada à carência de profissionais habilitados e ao esgotamento físico e psíquico.

O relatório com todas as informações da fiscalização será entregue a diretoria do HRAN e a Secretaria de Saúde (SES-DF) para conhecimento. O CRM-DF pede que os gestores tomem as providências cabíveis para solucionar os problemas encontrados, visto que estamos no meio de uma pandemia e que devido ao desmonte das enfermarias e UTIs no DF, o sistema de saúde está à beira de um colapso, pela falta de planejamento adequado da SES-DF que deverá se organizar para ajudar os médicos e a população. O Conselho também vai fiscalizar denúncias em outras unidades de saúde.

Mais ações:

No dia 2 de março, o presidente do Conselho, Farid Buitrago Sánchez, se reuniu com o secretário de saúde do Distrito Federal, Osnei Okumoto, para conversar sobre a reabertura de novos leitos de UTI.

Já na quinta-feira (4), foi notícia na imprensa a declaração do governador Ibaneis Rocha de que seriam abertos mais leitos para atender a atual demanda.

 

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