Em entrevista coletiva realizada na tarde desta terça-feira (2/3), o presidente do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal, Farid Buitrago explicou o posicionamento da autarquia quanto ao lockdown, na forma como foi decretado no DF.
A nota publicada ontem (1/3) pelo Conselho refere-se à resposta do Governo do Distrito Federal em relação a estratégia de enfrentamento da Covid-19. O presidente do CRM-DF esclareceu que medidas de restrição de movimentação é atividade excepcional, quando os serviços estão saturados e quando todas as medidas de enfrentamento já foram tomadas.
Durante mais de um ano de enfrentamento da pandemia, ao invés de aumentar a capacidade de testagem, de monitorização de pacientes infectados e contactantes, de ampliar a atenção primária para ampliar o acesso da população a serviços de saúde, ampliar o número de leitos de enfermaria e de UTI, o governo do Distrito Federal desmobilizou o enfrentamento, com fechamento de UTIs, hospitais de campanha e unidades voltadas para atendimento à pacientes com a Covid-19, além de não disponibilizar a vacinação para a população.
“Hoje, o número de casos no DF é quatro vezes menor do que o registrado nos meses de junho, julho e agosto de 2020, quando não foi adotada nenhuma medida de restrição. Devido ao desmonte das enfermarias e UTIs no DF, o sistema de saúde está à beira de um colapso, pela falta de planejamento adequado da SES”, reforçou o presidente.
Sánchez ressaltou, ainda, que a restrição de circulação da forma que tem sido feita é danosa para a saúde da população, não resolve o problema de transmissão e reitera que a restrição não é estratégia inicial para o combate ao coronavírus e sim uma medida extrema, quando todas as demais alternativas foram utilizadas e não surtiram efeito, e que deve ser feita de forma planejada.

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01 mar 2021
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