Decisão foi tomada com o objetivo de evitar que a população seja prejudicada, devido ao déficit de médicos e a falta de leitos e medicamentos em outras unidades de saúde

O Conselho Regional de Medicina (CRM-DF) estendeu o prazo do Indicativo de Interdição Ética do Hospital Regional do Gama (HRG), durante Sessão Plenária realizada nesta quarta-feira (30). Foram concedidos mais 30 dias, sendo eles improrrogáveis, para que os problemas apontados à Secretária de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) sejam sanados.

Durante uma nova vistoria do Departamento de Fiscalização do Conselho na última segunda-feira (28), a data foi ampliada em razão de pequenas melhorias feitas no HRG, tais como o avanço na obra no Setor de Emergência da Unidade de Saúde. Porém, o maior problema enfrentado, o déficit de médicos, continua sem ser solucionado pelos representantes da SES-DF.

Sem profissionais de saúde, medicamentos, equipamentos e insumos básicos, o hospital continuará sem condições para atender os pacientes do Distrito Federal e do Entorno. A SES-DF realizou uma convocação de médicos temporários para atender alguns hospitais do DF, mesmo com essas convocações, a quantidade de profissionais de saúde continua muito inferior ao número necessário para assistir a demanda.

“A quantidade de médicos ainda é insuficiente. Conseguir médicos que queiram atuar em um cenário tão caótico também não é fácil, pois os profissionais precisam ter condições dignas de trabalho para atuar com qualidade”, comentou a presidente do CRM-DF, Marcela Montandon.

A decisão de estender o prazo e não interditar imediatamente o HRG também corresponde ao receio do CRM-DF em deixar a população sem desassistência no Pronto-Socorro. “Caso à SES-DF não melhore as condições de trabalho nem aumente o quantitativo de profissionais o mais rápido possível e se a problemática não for resolvida, infelizmente teremos que tomar essa medida extrema”, explica Marcela. O Conselho ratifica ainda, que a SES-DF reforce o quadro de médicos em todas os hospitais do DF que estão com falta de atendimento.

O CRM-DF também está preocupado com a violência praticada contra os médicos nas emergências dos hospitais, proveniente da falta de estrutura nas unidades de saúde. O Conselho pede que a população tenha mais empatia com esses profissionais que não tem culpa da falta de estrutura. A autarquia informa que está empenhada em cobrar da SES-DF, a melhoria da qualidade de trabalho aos profissionais e a proteção aos que cuidam da vida e saúde da sociedade.

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