Por conta da quantidade de denúncias que recebe sobre a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), o CRM-DF pediu à Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) que sejam implementadas medidas de restrição para as visitas e acompanhantes aos pacientes internados.

O requerimento tem como base o fato de que, em alguns setores hospitalares, como centros obstétricos, centros cirúrgicos e UTI’s, os visitantes precisam utilizar os EPI’s. Assim, esses equipamentos devem ser destinados prioritariamente aos profissionais de saúde que atuam no combate à Covid-19.

Confira o documento na íntegra: 

O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal – CRMDF tem recebido várias denúncias sobre a ausência de equipamentos de proteção individual (EPI) para a atuação dos médicos durante o atendimento nos Serviços de Assistência à Saúde. Nesse momento de Pandemia, esses equipamentos são essenciais para a proteção do médico evitando que se contamine e tenha que se afastar para tratamento, diminuindo ainda mais a força de trabalho já escassa e, causando sobrecarga aos outros membros da Equipe.

Considerando a emergência sanitária e o estado de Calamidade Pública decretado pelo Governo Federal e as diferentes medidas de restrição de comércio e mobilidade implantadas pelo Governo do Distrito Federal – GDF, com objetivo de evitar a disseminação de infecção pelo novo corona vírus (SARS-CoV-2); O CRMDF recomenda que sejam adotadas medidas restritivas de visitas em todas as unidades de saúde que tenham pacientes internados. As medidas de restrição de visitas neste momento são necessárias, para evitar a circulação de pessoas portadoras do novo coronavírus (SARS-CoV-2), sintomáticas ou assintomáticas que colocam em risco todos os profissionais das unidades de saúde.

Alertamos ainda que em alguns setores como Centros Cirúrgicos, UTIs e Centros Obstétricos, é obrigatório o uso de roupa privativa e de EPI, material que está sendo utilizado com os visitantes. Este material é fundamental para evitar exposição dos profissionais de saúde pois, no momento, já está com escassez na própria Secretaria de Estado de Saúde e, em falta para aquisição no mercado, em todo o território nacional. Portanto, seu uso deve ser prioritário para os profissionais de saúde que realizam atendimento direto dos pacientes.

Nesse sentido, o Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal, preocupado com a qualidade do atendimento médico prestado à população e com a proteção dos profissionais de saúde, durante o atendimento dos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo corona vírus (SARS-CoV-2), requer a colaboração dos gestores na implantação desta medida simples, porém de grande ajuda no combate à transmissão de Covid-19.

Brasília, 24 de março de 2020. 

Atenciosamente,
Dr. Farid Buitrago Sánchez
Presidente do CRM-DF

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