Boa parte dos 122 municípios brasileiros que fazem fronteira com outros países não possui nenhum leito de internação disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, eles não contam com leitos em Unidade de Terapia Intensiva. Nessas cidades, também é baixa a oferta de estabelecimentos e de profissionais de saúde na rede pública, e, de forma geral, é alta a incidência de doenças infectocontagiosas.

Os números exatos serão apresentados à imprensa na abertura do II Fórum de Médicos de Fronteiras, que acontece em Campo Grande (MS) entre os dias 3 e 4 de abril, e está sendo organizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). O encontro tem como foco discutir a assistência em saúde nessa região.

No Brasil, 11 estados fazem fronteira com outros países: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia Roraima e Santa Catarina. Neles, 122 municípios são considerados fronteiriços.

“Sabemos que muitos destes municípios não têm estrutura e nem demanda para manter um hospital geral, mas é imprescindível que se ofereça condições mínimas de atendimento em casos mais graves. Em muitos lugares um paciente tem que esperar dois ou três dias por um transporte que possa levá-lo ao hospital mais próximo”, explicou Dilza Ribeiro, coordenadora da Comissão de Medicina de Fronteira, grupo que acompanha o tema no âmbito do CFM.

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