Presidente do CRM-DF participa de Reunião de Avaliação e Monitoramento da Malária na Região Extra Amazônica
O Ministério da Saúde realizou nos dias 27 e 28 de agosto, na unidade IV, localizada no Setor Comercial Sul, uma Reunião de Avaliação e Monitoramento da Malária na Região Extra Amazônica, que contou com grandes conhecedores do assunto. O tema escolhido para o encontro foi febre pode ser malária.
Convidada para ser moderadora da mesa e participar do encerramento do evento, a presidente do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF), Martha Helena Pimentel Zapalá Borges, falou sobre a importância de divulgar a doença, o diagnóstico e a forma de tratamento para a população de todo o Brasil, principalmente nos hospitais. A presidente do CRM-DF se colocou a disposição para ajudar na divulgação do tema, caso o MS queria fazer alguma campanha sobre a doença.
O professor e Dr. Claúdio Tadeu da Fiocruz do estado do Rio de Janeiro, também falou sobre as semelhanças dos sintomas e informou que 55% dos casos de malária recebem diagnóstico clínico de dengue em unidades de saúde. Para descartar a doença, o paciente deverá fazer um teste rápido no surgimento dos primeiros sintomas, uma vez que diagnosticar e iniciar o tratamento correto na fase inicial da doença pode fazer a diferença entre a vida e a morte. Ele ressaltou que o paciente deve solicitar o teste rápido quando estiver com febre, pois esse é o principal diagnóstico da doença.
O médico também informou que 99,6% dos casos estão concentrados na Amazônia. O Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins são consideradas áreas endêmicas do País. A doença também é endêmica em países da Ásia, África e América do Sul e Central.
Segundo Cláudio Tadeu, em 2014, na região Extra Amazônia, 562 casos de malária foram diagnosticados. Durante o mesmo período no Brasil, foram 273 casos. O médico explica que não é rara a ocorrência de indiví- duos com malária em regiões não endêmicas, isso ocorre principalmente em decorrência do fluxo transitório de pessoas que se deslocam para áreas endêmicas e retornam doentes ao seu local de origem.