O médico Gustavo Bernardes, membro da fiscalização do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal, reuniu-se, na última terça-feira, com os diretores, médicos pediatras e enfermeiros da Unidade Mista de Saúde de São Sebastião e com o Dr. Marcos Gutemberg, Conselheiro do CRM e Presidente do Sindicato dos Médicos do DF, para discutir a situação da Casa de Parto, que hoje atende as gestantes sem a presença de obstetras. Participou também desta reunião, o Sr. Fernando Antunes, Secretário Adjunto de Saúde do Distrito Federal, que foi alertado sobre as situações de risco geradas pela falta de especialistas, pelo déficit de ambulâncias e de aparelhos médicos. Tendo em vista o atual quadro da Unidade, o Secretário Adjunto se comprometeu a propor uma solução, até a próxima segunda-feira (25/05), em uma nova reunião com o CRM e o Sindicato dos Médicos do DF.


Com o intuito de preservar a integridade física das gestantes e dos recém-nascidos, o atendimento aos partos foi suspenso temporariamente em São Sebastião, até que a Secretaria encontre uma solução para o caso. Vale destacar que o Projeto “Casa de Parto” já desempenhou suas atividades com a presença de obstetras e enfermeiros, mas isso se tornou inviável quando a Secretaria de Saúde removeu os 11 obstetras da Unidade de São Sebastião para o Hospital Regional do Paranoá “Não há justificativa para a Casa de Parto funcionar nestas condições”, defende o Dr. Gustavo. Hoje, a Unidade conta com enfermeiros, Clínicos e Pediatras, que assistem aos partos a fim de reduzir os riscos às pacientes e aos bebês. O que contraria a determinação de que “o Médico não deve exercer atividades nos locais denominados Casas de Parto”, conforme estabelecido no Parecer n. 7/2008, do Conselho Federal de Medicina.

De acordo com o CRM, o que deve ser priorizado é a saúde da população. Apesar do Projeto “Casa de Parto”, implantado na Unidade Mista de Saúde de São Sebastião, ter como objetivo a realização de partos fisiológicos, sem intervenções cirúrgicas nas gestantes, é importante considerar, acima de tudo, os imprevistos que podem ocorrer com a mãe e com o bebê. “A partir do momento que o risco é conhecido, manter o atendimento seria uma atitude negligente”, defendeu o Dr. Ike Baris, médico Pediatra da Unidade Mista de São Sebastião.

Fonte: Assessora de Imprensa – CRMDF

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