A Secretaria de Saúde do Distrito Federal monitora 55 casos suspeitos de coronavírus no Distrito Federal. Os dados, divulgados neste domingo (8/3), são dos registros notificados pelo Centro de Informações Estratégicas e Resposta de Vigilância em Saúde (CIEVS) até 6 de março.
O número é maior do que o divulgado pelo Ministério da Saúde, que contabiliza 24 casos. A divergência ocorre porque os dados da Secretaria de Saúde estão mais atualizados. Além dos casos suspeitos, o boletim mostra que 22 casos foram descartados e 44 excluídos.
Na última quinta-feira (5), o primeiro caso de Coronavírus foi confirmado no DF. A paciente de 52 anos, viajou para Suiça e Inglaterra com o marido. Ela deu entrada em um hospital particular no Lago Sul e foi transferida para o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), onde esta isolada na Unidade de Terapia Intensiva. O estado de saúde da paciente é considerado grave, porém estável. A mulher tem síndrome respiratório aguda severa e tem comorbidades (quando duas doenças afetam alguém) que agravam o quadro clínico.
O Ministério da Saúde confirmou ontem (8/3) 25 casos de COVID-19 no Brasil, sendo 4 por transmissão local e 21 casos importados. Atualmente, são monitorados 663 casos suspeitos e outros 632 já foram descartados.
CASOS CONFIRMADOS NO PAÍS:
Alagoas – 1
Bahia- 2
Minas Gerais – 1
Espírito Santo – 1
Rio de Janeiro – 3
São Paulo – 16
Distrito Federal – 1
MEDIDAS PARA ASSISTÊNCIA
O Ministério da Saúde vai ampliar medidas para reforçar a assistência hospitalar no enfrentamento ao coronavírus no Brasil. Os primeiros reforços serão na Atenção Primária, a porta de entrada para receber os pacientes no SUS, para evitar que as pessoas procurem os hospitais em um cenário de grande circulação do coronavírus. O programa Saúde na Hora será ampliado nos municípios, aumentando as unidades de saúde que ficam abertas até às 22h ou aos finais de semana para atender à população.
NOVO CRITÉRIOS DE VIGILÂNCIA
O Ministério da Saúde mudou os critérios de classificação de caso suspeito no país. Agora, todas as pessoas que chegarem ao Brasil de países da América do Norte, Europa e Ásia, e tiverem sintomas como febre, coriza, tosse, falta de ar poderão ser considerados casos suspeitos de COVID-19. Anteriormente, os casos suspeitos eram classificados apenas a partir do histórico de viagem para alguns países com transmissão local da doença.
A vigilância epidemiológica brasileira continua considerando nexo causal viajante que chegam ao país vindos da Austrália, de países da América Central e do Sul, que estejam na classificação da OMS como de transmissão local.