Em solenidade, médicos recebem comendas do CFM por suas trajetórias dedicadas à Medicina e à sociedade
 
Grandes nomes da Medicina foram homenageados com o recebimento de comendas outorgadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) por relevantes contribuições ao País ao longo de suas trajetórias pessoais e profissionais. A solenidade, que ocorreu na noite de terça-feira (6 de dezembro), em Brasília, no auditório do CFM, contou com a presença de conselheiros federais e regionais, além de amigos e familiares dos homenageados.
 
As honrarias, criadas em 2011 pelo Plenário do CFM, ressaltam o desempenho ético e o compromisso social para com a Medicina por profissionais ou instituições no esforço de construção de uma sociedade justa e ético. Desde sua criação, 26 médicos já foram homenageados, dentre eles Adib Jatene e Ivo Pitanguy, que receberam as honrarias de Medicina e Saúde Pública, e Medicina Literatura e Artes, respectivamente.
 
Para o presidente do Conselho Federal, Carlos Vital Tavares Corrêa Lima, a entrega dessas distinções reconhece os valores e a dedicação dos escolhidos em prol da Medicina em cada uma de suas áreas de atuação. “Temos reiterado que o ético desempenho da Medicina é o exercício da cidadania em tempo integral e no mais alto patamar de consciência. É uma honra escolher nomes de extrema relevância na Medicina, uma vez que é a atribuição judicante dos conselhos zelar e trabalhar, por todos os meios ao seu alcance, pelo perfeito desempenho ético da Medicina”, apontou.
 
Homenageados – Em 2016, o primeiro a receber a honraria foi o escritor Heitor Rosa, que foi homenageado com a Comenda Moacyr Scliar de Medicina, Literatura e Artes. Rosa é autor de diversas obras premiadas e inicativas, como o Show do Esqueleto, principal manifestação cultural dos estudantes de Medicina da Universidade Federal do Goiás (UFG). Um dos livros publicados por ele, Memórias de um cirurgião-barbeiro, de 2006, teve o prefácio do escritor Moacyr Scliar, patrono da comenda.
 
“A Medicina é de fato uma oficina literária: o ato médico é uma poesia, e a nossa luta pela política de saúde é um verdadeiro romance. É tempo de pensarmos o que podemos fazer – do ponto de vista social – sobre o ensino das crianças e da nossa Nação. Agradeço esse carinho do CFM, pois essa é uma das mais significantes homenagens da minha vida”, ressaltou Rosa.
 
Reconhecido pelo CFM com a Comenda Mario Rigatto de Medicina e Humanidades, Mário Barreto Corrêa Lima se dedicou à causa pública e ao estímulo de uma formação médica que valorizasse a compreensão do ser humano e de todo seu contexto. Em sua fala, Corrêa destacou atuações dos médicos em todo o país. “O médico sempre esteve junto com o paciente. Tínhamos uma ligação próxima, mas, infelizmente, isso não ocorre nos tempos de hoje por causa das condições públicas que são deploráveis. Apesar da deterioração da relação médico-paciente, não podemos esquecer que a parte humana é fundamental”, defendeu.
 
No campo da Medicina e Ensino Médico, a Comenda Fernanda Figueira do CFM foi entregue ao conselheiro Júlio Torres, professor emérito da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), onde exerceu atividades por 32 anos. Muito emocionado, o discurso do médico foi lido por sua filha Kátia: “sinto-me alegre por ter contribuído para o ensino médico do Amazonas e agradecido a Deus por me ter permitido viver e trabalhar”.
 
Saúde Pública – O médico José da Silva Guedes foi reconhecido pela Comenda Sérgio Arouca de Medicina e Saúde Pública. Guedes se formou na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), em 1961, tendo obtido a formação e o título de médico sanitarista também junto à USP, em 1963. Na mesma escola, ainda concluiu doutorado em Saúde Pública. Sempre manifestou interesse pelo campo das moléstias infecciosas e pela Saúde Pública, o que o levou a trabalhar no Hospital Emílio Ribas em 1962, num momento em que o País era severamente atingido por epidemias de sarampo, meningite, caxumba e outras doenças.
 
Em sua manifestação, Guedes atribui a escolha pela Saúde Pública ao fato de ter vindo de uma família de trabalhadores e de ter crescido no bairro do Belém, na zona Leste da cidade de São Paulo, onde podia observar de perto o tipo de assistência médica dada à população. “Meu compromisso sempre foi formar médicos com preparo para oferecer um atendimento mais humanizado. O País vive um momento de luta pela organização da saúde, pela qualidade da assistência e luta pelo SUS”.
 
Já o senador Ronaldo Ramos Caiado foi agraciado pela Comenda  Zilda Arns Neumann de Medicina e Responsabilidade Social por ter contribuído com lutas pela categoria no Congresso Nacional ao longo dos seus 25 anos de política, tendo como destaque a apresentação da PEC 454/2009, que cria a Carreira de Médico de Estado. “Sinto muito orgulho por receber essa homenagem. Reforço aqui a meus colegas médicos o compromisso de representar não só a classe como todo o setor de saúde no Senado. Ser médico já é motivo de orgulho, mas também um compromisso enorme pelo tanto que podemos fazer pelos outros”, agradeceu o parlamentar.
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