Começou a campanha Setembro Amarelo, de valorização da vida e prevenção do suicídio. As ações deste mês se mostram essenciais quando são descritos os dados acerca do assunto: São registrados mais de 13 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de 01 milhão no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso faz com que o suicídio seja a terceira principal causa de morte entre jovens brasileiros.

São vários os fatores que podem acarretar essa situação, de acordo com o médico psiquiatra e conselheiro do CRM-DF, Ulysses Rodrigues de Castro. “Nos últimos anos, temos observado um aumento expressivo na incidência e na prevalência de suicídio, principalmente em jovens. Esses aumentos são decorrentes de uma série de fatores que estão mudando nossa sociedade, como as redes sociais, o universo digital, falta de perspectivas para o futuro, conflitos de orientação sexual e uso e abuso de drogas, principalmente o álcool”, listou.

As doenças mentais, como os transtornos depressivos e ansiosos, também são as principais causas do suicídio. Antes mesmo da pandemia de Covid-19, a situação brasileira era alarmante: a OMS já mostrava que o Brasil era o país mais ansioso do mundo, pois esse mal afetava 18,6 milhões de pessoas. Também era o quinto mais depressivo.

Com o estresse, medo, preocupações, isolamento e todos os contratempos gerados pela crise sanitária, os números pioraram. Uma pesquisa da Fiocruz revelou que um sentimento frequente de tristeza está afetando cerca de 40% das pessoas adultas no Brasil. Enquanto isso, 50% sofrem com ansiedade.

O tratamento com um profissional de saúde mental é fundamental para reverter esses transtornos psiquiátricos e prevenir o suicídio. “A pessoa que está em risco de suicídio precisa ser acolhida e ouvida com muita tranquilidade, pois, em 99% dos casos, ela sofre de uma doença mental grave. Temos que orientar e encaminhar a um profissional de saúde, seja um médico psiquiatra ou um psicólogo. Só fazer a escuta não irá resolver. É preciso ter o auxílio de um profissional”, recomendou Ulysses.

O médico lembrou ainda que o suicídio tem um profundo impacto na família da vítima, na sociedade e também da economia do país. Por isso, é importante discutir políticas públicas para tratar e prevenir o problema.

Portanto, se você está com ideações suicidas, busque ajuda. Caso conheça alguém que esteja sofrendo com transtornos mentais, acolha essa pessoa e a apoie na procura por um profissional da área.

 

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